29 de agosto de 2014

O paradigma da reciclagem de smartphones

   É estranho. A cada vez que adquiro um iPhone, faço um backup do meu modelo anterior, percebo na imensa quantidade de vantagens de viver rodeado de uma grande quantidade de aparelhos Apple, não só pela qualidade que já conhecemos, mas também pelas exclusividades de viver utilizando os serviços da marca em diversos utensílios. Mesmo assim, seria mentira afirmar que eu nunca tive uma mínima vontade de experimentar algo realmente novo.



   Também não seria verdade negar que o sistema Android vem evoluindo – pelo menos nos últimos dois anos – muito mais rápido do que o iOS. Tanto em software quanto em hardware, as máquinas apresentam sempre inovações significativas e carcaças de respeito, e os iPhone continuam no topo do mercado por… Bem, serem iPhones.

   Além disso, algo que me atrai de forma constante é a possibilidade de começar do zero, repaginar todo o conteúdo acumulado de ano em ano e sem dúvida aumentar minha produtividade ao fazê-lo. É uma característica do ser humano enjoar de certos costumes, e ao pensar que o meu último smartphone que não rodava iOS foi um BlackBerry em 2007 (e ainda por questões de trabalho) concretiza ainda mais a ideia de que o sistema merece uma bela novidade.

   Estamos chegando a mais um lançamento de um novo iPhone, nesse começo de setembro, e como sempre subimos nossas expectativas ao máximo para uma verdadeira revolução acontecer (neste caso em hardware), como muitos que dependem desse sistema de exclusividades para applemaníacos enjoados do sistema que não mudou muito desde 2007, o fazem.

   Sim, aposto que muitos virão esbravejar “O iOS 7 foi uma verdadeira repaginada em tudo o que sabíamos sobre o sistema operacional!”. Mas realmente foi?

   Em questões estéticas, realmente me ajoelho diante da mudança que o iOS 7 proporcionou: todo o princípio visual aplicado inicialmente por Jobs (não querendo entrar nessa babaquice) foi jogado fora, e um sistema muito mais limpo foi apresentado e disponibilizado, e eu sou grato por isso. Porém, se pensarmos em features adicionadas durante os últimos dois updates de sistemas (7 e 8), perceberemos que tudo o que a Apple fez foi trazer 1/3 das novidades que o Android recebeu em 2012, para os usuários do smartphone da maçã.

   Mas pensando nas questões do aparelho em si, e não do seu sistema operacional: a situação foi a mesma. Os aparelhos que rodam Android, desde os Galaxy S aos Nexus, que trouxeram telas maiores e com excelente definição, baterias (realmente) duradouras, botões mais acessíveis, entre outros. Entendo que a Apple esteja querendo manter partes do modelo clássico do iPhone, mas se a empresa não se tocar e evoluir de uma boa forma deste ponto, as vendas vão deixar de ser tão bem exibidas por Tim Cook no começo de suas apresentações.

   Como aconteceu no lançamento dos dois últimos modelos do celular, muitos esperavam uma real mudança completa, com não só as features que o Android já oferece em hardware, mas também como algumas que nenhuma outra empresa no mercado tecnológico já ofereceu, como a Apple costumava fazer, alguns anos atrás.

   Atualmente sem a menor dúvida não vale a pena a compra de todos os modelos que lançam dos iPhones, isto é, um ou dois por ano, pois a diferença simplesmente não vale todo o dinheiro que será tirado do seu bolso.

   Então fiz uma decisão: este será o meu último ano com essa tolerância. No dia 9 de setembro estarei assistindo à belíssima, como sempre, keynote onde Cook e sua equipe anunciarão um ou mais novos modelos de iPhone, e possivelmente o primeiro wearable do marca (que por sinal diversas outras marcas já possuem variedades de modelos), e concluirei se a compra vale a pena ou não. E digo mais, por ter passado todos esses anos caindo no jogo de marketing deles – que confesso ser um dos melhores no mercado mundial – serei bastante rígido em relação aos meus critérios de mudanças oferecidas.

   Quando eu chegar a minha conclusão, voltarei aqui para explicitar se continuarei com meu costume de trocar a cada modelo da maçã, ou se escolherei um novo smartphone, com um outro sistema operacional (de preferência Android [KitKat]), e finalmente farei meu desejado recomeço.


   E você, o que acha sobre os iPhones atuais, e qual seria seu padrão para considerar uma real mudança? Deixe nos comentários.


   Câmbio e desligo.
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